Grandes Brasileiros: Ragge California
Sonho de uma geração, o jipinho carioca viveu a vida sob as ondas, foi astro de novela e saiu para conquistar consumidores mundo afora 4K application. Hoje seu preço atualizado passa de R$70.000.
Considerando a variedade atual de marcas e modelos, poucas pessoas sentem saudade da década de 80, quando os automóveis importados eram privilégio de embaixadas ou de quem não se importava em rodar na ilegalidade 배틀그라운드 esp 다운로드. Foi, portanto, o momento propício para o surgimento de fabricantes independentes, especializados em veículos fora de série: o Ragge California foi um dos protagonistas dessa época 피구왕통키 고화질.
Nascido só como Ragge (lê-se “raje”), ele é fruto dos esboços do engenheiro Júlio Correa Silla: o ex-sócio da fábrica de bugues Tanger criou a estrutura de um jipinho urbano, nos moldes dos atuais SUVs 진홍의 연가 자막. Usando plástico reforçado com fibra de vidro, as primeiras unidades estrearam em 1986, montadas sobre chassi VW fornecido por clientes ou adquiridos no mercado de usados Good Morning Everyone. Sucesso no Rio, o Ragge cativou as atenções no 14º Salão do Automóvel. A boa recepção abriu caminho para a parceria com os irmãos Paulo Roberto e Aldemar d’Abreu Pereira, que entraram em cena em 1987 맥북 부트캠프 드라이버 다운로드. Só então ele receberia o nome California, além de melhorias no acabamento.
O California usava muitas peças de outros modelos: os faróis principais eram do Fusca e os auxiliares, da Brasilia, que também cedia motor, câmbio, direção e suspensões Download Photo Merge. Lanternas do Fiat Prêmio, maçanetas do Alfa Romeo 2300, para-brisa e vidros laterais dianteiros do Chevrolet Chevette, vidros laterais traseiros da Fiat Panorama e vigia traseira da VW Saveiro Download Human Space Time and Human Subtitles. Para fechar o pacote, rodas Mangels e espelhos Metagal.
As portas também eram iguais às do Chevette, mas moldadas em fibra de vidro: o material sintético formava uma estrutura monobloco, que se apoiava sobre o chassi de Brasilia encurtado ROADKILL 다운로드. Dessa maneira, o California estava apto a transitar por regiões litorâneas protegido da corrosão provocada pela maresia. Com a capota traseira removida, ele assumia ares de picapinha e desfilava com seu estepe pendurado na traseira 카카오톡 pc 무료 다운로드.
Mesmo custando o equivalente a um Ford Escort XR3, ele logo conquistou a juventude praiana bem-nascida e bem-criada: a modelo Monique Evans estava entre os proprietários que desfilavam com ele pela orla da zona sul carioca. Sonho de consumo, seis unidades foram sorteadas pela antiga Esso em uma promoção. Cheio de personalidade, o California contracenou no horário nobre da TV com o ator Cássio Gabus Mendes. Astro da novela Roda de Fogo, o modelo estava de malas prontas para Las Vegas, onde fez sucesso no Sema Show de 1987, destinado a carros transformados e acessórios.
A exposição internacional viabilizou os planos de exportação da Ragge: para atender às especificações americanas, o California ganhou brake-light, faróis do tipo sealed beam e banco traseiro rebaixado. Para diminuir o ruído interno, a tampa do motor foi reprojetada e o monobloco recebeu revestimento termoacústico. Além dos EUA, algumas unidades foram exportadas para Itália e Japão.
O interior era simples ao extremo, mas levava até quatro pessoas
O California foi sucedido pelo modelo Long Beach em 1990: o entre-eixos maior dispensava o corte no chassi VW e o novo desenho da traseira adicionava lanternas do Fiat Uno e janelas laterais exclusivas. Mas poucas unidades foram produzidas: abalado pelas reformas econômicas do Plano Collor, Silla encerrou as atividades automotivas da Ragge no começo da década de 90.
Ninguém sabe ao certo o número exato de unidades fabricadas. O exemplar das fotos acima é um modelo 1989 que pertence ao jornalista Josias Silveira: “Bom de lama e bom de praia, ele é o brinquedo ideal para curtir com minhas netas”, diz. Entusiasta do modelo, o carioca Henry Miranda é um dos poucos dispostos a documentar a história do fora de série: “Só o que sabemos é que ainda há um grande número de California em circulação, a maioria incólume nas praias, seu habitat natural. O tempo apenas comprovou a excelente qualidade de construção do Ragge”.
Muito legal essa matéria ,tenho um Ragge que foi do meu pai que faleceu este ano.O carro estava em Natal(RN) e agora está comigo em Belo Horizonte (MG).Gostaria de saber qual é a medida desse pneu traseiro do Ragge que está nesta foto ?